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quinta-feira, 28 de abril de 2011

DAS UTOPIAS


Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

Mario Quitana

Toda poesia de Oswaldo Montenegro na canção Bandolins

 Ela valsando
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos Bandolins...

domingo, 24 de abril de 2011

Oh morte, onde está oh morte a tua vitória? Jesus RESSUSCITOU

Oh morte
Onde está, oh morte
A tua vitória
Jesus ressuscitou

Ressuscitou
Ressuscitou
Ressuscitou
Aleluia

terça-feira, 19 de abril de 2011

O MENINO E SUA CALÇA JEANS


Pedro Macuco

O menino tinha um corpo bem magro, quase esquelético. Ele sonhava ter uma calça jeans da mesma que usavam os galãs das novelas da Globo. Ele nunca sonhou ser um galã. Se conformava em ter uma calça jeans e "paquerar" (como se dizia naquela época) as meninas da sua rua. Ter uma calça jeans, lá pelos anos 80, era um
sinal de que o cara estava na moda e atualizado. O menino, quase esquelético, conhecia duas ou três ruas da pequena cidade e isso já era suficiente. O seu mundo era aquele e bastava. Pra que mais se a vida é tão rápida e as pequenas coisas são suficientes para a felicidade? Ele ouvia histórias de homens afortunados que viviam infelizes pelos botecos da cidade, afogando as mágoas e as dores de amor. Isso era lá felicidade? Pra ele uma calça jeans, azul e desbotada, era o que precisava para a festa de fim de ano na escola. Na sua cabeça de menino sem maldades e sem malícia, a vida girava como um pião, rodopiando na palma da mão e enchendo de imaginação a sua cuca quase infantil. Vida tranquila, de nenhuma saudade e de sonhos a mil. Um deles era ganhar de presente, no Natal, uma calça jeans.
Naquele Natal as coisas em casa não andavam nada boas. A família do menino não vivia um bom momento financeiro, teria um Natal simples, sem a tradicional ceia e os presentes. Era um menino mas já não tinha idade para colocar o sapato na janela e esperar Papai Noel. O amigo que lê essas linhas pode perguntar: e é Natal para você falar de ceia e Papai Noel? Seria esse um conto de Natal? Nada disso. É para falar mesmo da calça jeans. A tão sonhada calça jeans estava cada vez mais distante. Teria que esperar o próximo Natal ou esquecer de vez esse sonho. Para muitos um sonho bobo e realizável facilmente. Para ele, não. Num tempo de vacas magras e de necessidade de ter comida na mesa, a calça jeans era produtos superflúo. Naquela época os shorts feitos de sobra de roupas eram comuns e, naquele Natal, foi o que ele teve. Passada a decepção inicial veio a alegria das luzes coloridas nas ruas. Coisa que só o coração infantil poderia alcançar e esquecer as decepções.
Com o passar dos meses o sonho da calça jeans não morreu. A calça simbolizava liberdade, juventude, afirmação. Seria mesmo? Ele não sabia nada disso naquele período. Como saber se na sua cabeça havia espaço apenas para estudar, nadar nos rios, lêr gibis e correr como um louco nas esquinas da cidade. Naquele ano, depois de tanto sonhar, finalmente ganhou a calça jeans. Não era um jeans saído da loja, cheirando a produto novo. Mas era uma calça jeans. Naquela família os mais novos "herdavam" as roupas dos mais velhos. E, finalmente, ele herdou, uma calça do irmão mais velho. Foi uma festa e tanto. Anos depois o menino, que se tornara homem, escreveu alguma coisa mais ou menos assim "... Saio de casa apressado, visto uma calça jeans amassada e me deparo com você na esquina. Tomara que o azul da sua calça encha de esperança a minha vida.". O menino de outrora não sonhava ser Tarcísio Meira nem Francisco Cuoco. Queria apenas a liberdade de vestir uma calça jeans naquelas manhãs de sol que não voltam mais.

Vitória da Conquista, 19 de abril de 2011.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Você sabia???

Nas poesias de amor da língua portuguesa, a palavra saudade é uma das mais presentes e descreve a mistura dos sentimentos de amor, distância e perda. O termo vem do latim “solitas, solitatis” que quer dizer solidão. Aqui, no Brasil, essa palavra que descreve tais sentimentos está presente em nosso calendário. Dia 30 de janeiro é o Dia da Saudade

Vamos nos perder no tempo...


Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Papo Rápido Com Albert Einstein

122º aniversário do Charlie Chaplin

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quero Sim


Eu tô com saudades
Da nossa amizade
Do tempo em que a gente
Amava se ver
Eu não sou palavra
Eu não sou poema
Sou humana pequena
A se arrepender
Às vezes sou dia
Às vezes sou nada
Hoje lágrima caída
Choro pela madrugada
Às vezes sou fada
Às vezes faísca
Tô ligada na tomada
Numa noite mal dormida
Se o teu amor for frágil e não resistir
E essa mágoa então ficar eternamente aqui
Estou de volta a imensidão de um mar
Que é feito de silêncio
Se os teus olhos não refletem mais o nosso amor
E a saudade me seguir pra sempre aonde eu for
Fica claro que tentei lutar por esse sentimento
Diga sim ouça o som
Prove o sabor que tem o meu amor
Cola em mim a tua cor
Eu te quero sim, sem dor
Diga sim...

(Paula Fernandes)

terça-feira, 5 de abril de 2011

A SAUDADE ME FERIU


Pedro Macuco

 Outro dia andava pelas ruas da cidade e minha memória reviu algumas lembranças de coisas que vivi, de pessoas com quem convivi, de lugares por onde andei e de algumas músicas que nunca mais ouvi. Fiquei deveras preocupado como poderia, às três da tarde de um dia comum, sair por aí relembrando o que já se foi. Isso deve ser feito num sábado à noite, num domingo modorrento ou num feriado perdido em qualquer dia da semana. Mas numa terça-feira qualquer é sinal de que a situação não anda nada boa para meus sentimentos. Você pode até achar que estou ficando maluco ou sem ter o que fazer, mas não é bem assim. Sou de uma escola onde se ensinou a massacrar o coração com nostalgia e viver perambulando pelos quatro cantos da cidade em busca do que se foi e, certamente, nunca mais voltará. Os mais concretos, menos sonhadores dirão friamente: "isso é saudade, cara pálida.". Pois é, não é que é mesmo? Saudade, uma palavrinha que só existe na língua portuguesa e que, a cada manhã, arrebata minha vida e me deixa num turbilhão de sensações.

No tempo em que fazia faculdade, lá pelos anos oitenta, gostava, como todo jovem sonhador, de ficar escrevendo versos sem sentido e me achando o máximo, se bem que não tinha coragem de mostrar nada do que escrevia a ninguém. E gostava também de lêr muito. Foi numa dessas leituras que encontrei um texto anônimo sobre saudade que dizia mais ou menos assim "...saudade é vontade de ver de novo." Foi um soco no estômago. Li e reli o texto várias vezes, mostrei aos amigos da faculdade, copiei no caderno e registrei num gravador que tinha. Ninguém, na minha opinião, poderia definir melhor a saudade do que esse cidadão cheio de inspiração e que ninguém tinha notícia dele. Foi, por muitos anos, minha frase favorita. Era tudo que precisava para acalentar meu coração que, ao passar dos anos, viria a conviver com encontros e despedidas, com presenças e ausências, vida e morte. Saudade é vontade de ver de novo. Não precisa explicação. A frase se basta.

 Nestes meus quarenta e poucos anos vividos e revididos "saboreei" muitas saudades. Um amor perdido, um amigo que foi embora, meus pais que partiram pra sempre e muitos sonhos que escorreram pelas mãos sem que pudesse detê-los. Para saudade há outra definição fantástica " saudade é algo que fica de alguém que não ficou." É isso mesmo. Vivemos a procura de alguém, da cara metade, da mulher ideal, do confidente, do amigo exemplar, da melhor música, do livro de cabeceira, dos versos que acalentam, da própria vida. Cada um de nós carrega a sua história e os seus sonhos. Esses sonhos e essa saudade têm a cor da alma de cada um e minha.

Vitória da Conquista, 05 de abril de 2011

domingo, 3 de abril de 2011

O mais, é nada...

  

 Se achar que precisa voltar, volte!
 Se perceber que precisa seguir, siga!
 Se estiver tudo errado, começa novamente.
 Se estiver tudo certo, continue...
 Se sentir saudades, mate-a!
 Se perder um amor, não se perca!
 Se achá-lo, segure-o.
 Circunda-te de rosas, ama, beba e cala.
 O mais, é nada.


Fernando Pessoa

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Poema de trás prá frente e vice versa - Cecilia Meirelles

Antes de ler, observe o ponto preto da imagem e chegue perto da tela!
Leia trás prá frente e vice versa

Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...

Sensível Demais


Hoje eu tive medo
De acordar de um sonho lindo
Garantir reter guardar essa esperança
Ando em paraísos descaminhos precipícios
Ao seu lado vejo que ainda sou uma criança
Sensível demais eu sou um alguém que chora
Por qualquer lembrança de nós dois
Sensível demais você me deixou e agora
Como dominar as emoções
Quando vem á tona todo amor que esta por dentro
Chamo por teu nome em transmissão de pensamento
Longe a tua casa vejo a luz do quarto acesa
Não tem nada que não vaze que segure essa represa
Sensível demais eu sou um alguém que chora
Por qualquer lembrança de nós dois
Sensível demais você me deixou e agora
Como dominar as emoções